A embaixadora de Israel em Bruxelas afirmou nesta segunda-feira (09) que, no mês passado, ativistas anti-Israel na Bélgica encenaram uma performance de rua retratando homens armados palestinos celebrando enquanto atiravam em israelenses.

A suposta apresentação, realizada em 15 de maio em Bruxelas, contou com quatro artistas principais vestindo keffiyehs (lenços palestinos), sendo dois deles trajando uniformes militares.

A embaixadora Idit Rosenzweig-Abu mencionou o evento no X, onde também compartilhou um vídeo com trechos da performance.

Na encenação, os protagonistas supostamente avançam por uma praça, seguidos por outra pessoa com as mãos amarradas atrás das costas.

À frente, um lençol branco manchado de sangue, lembrando um saco mortuário, enquanto várias figuras, sejam pessoas ou manequins, estão espalhadas pelo chão.

Os quatro homens percorrem a praça, enquanto um deles ergue um pedaço de pau, simulando um rifle, em direção às figuras caídas no chão.

Ao som da música e da gravação de um homem declarando: "O povo palestino está lutando do Rio ao Mar para criar uma Palestina livre e democrática", eles celebram e aplaudem.

'Reconstituição do massacre'

Rosenzweig-Abu afirmou ter recebido inúmeras perguntas sobre o vídeo, porém, inicialmente, acreditou que se tratava de uma montagem.

“Recebi isso de muitas pessoas e não postei porque simplesmente não conseguia acreditar que era real. Mas é. Aqui em Bruxelas. Reconstituição do massacre de 7/10. Sangue e corpos no chão e tudo. Organizado por #Samidoun, quem mais?”, escreveu ela.

Em 7 de outubro de 2023, cerca de 6.000 terroristas de Gaza realizaram uma invasão a Israel, em uma operação sob liderança do Hamas.

O ataque resultou em aproximadamente 1.200 mortes e no sequestro de 251 pessoas. Segundo estimativas israelenses, 55 reféns ainda permanecem em cativeiro em Gaza. Desses, acredita-se que pelo menos 32 estejam mortos.

Ativistas anti-Israel celebraram em 15 de maio o chamado "Dia da Nakba", termo usado para se referir à derrota árabe na Guerra de Independência de Israel entre 1947 e 1949.

Fundada em 2012 e classificada por Israel como uma entidade terrorista em 2021, a Samidoun: Rede de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos apoia a organização terrorista Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) por meio de uma rede global de ativistas, segundo o grupo de monitoramento NGO Monitor.

Ao comentar o vídeo, Gerald Steinberg, fundador da ONG Monitor, questionou no X: “Alemanha, EUA, Canadá e Israel baniram o Samidoun como frente terrorista da FPLP. Por que a Bélgica, sede da UE, está permitindo que isso continue?”